terça-feira, 13 de junho de 2023

Estudos apresentados na Unicamp traçam panorama de sequelas da COVID-19 no cérebro

Mesmo as infecções mais leves pelo SARS-CoV-2 são capazes de causar alterações estruturais e funcionais no cérebro que podem desencadear manifestações neuropsiquiátricas, como ansiedade, depressão, fadiga e sonolência, além de comprometer o bem-estar, a saúde e a capacidade de trabalhar. Essa é a conclusão de alguns estudos sobre a COVID-19 apresentados na nona edição do BRAINN Congress, organizado pelo Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia (BRAINN), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

“Antes da pandemia, o Brasil já era considerado um dos países mais ansiosos do mundo, com 9% da população relatando sintomas”, afirma Clarissa Yasuda, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e integrante do BRAINN. “Observamos agora que os níveis de ansiedade e depressão são maiores em pessoas que testaram positivo para a COVID.”

Um dos trabalhos apresentados no evento mostrou, com base em exames de ressonância magnética realizados três meses após a infecção, que pacientes com COVID longa apresentam atrofia da massa cinzenta e padrão generalizado de hiperconectividade cerebral.



Autor: 
Julia Moióli, de Campinas 
Fonte: Agência FAPESP
Sítio Online da Publicação: FAPESP 
Data: 13/06/2023
Publicação Original: https://agencia.fapesp.br/estudos-apresentados-na-unicamp-tracam-panorama-de-sequelas-da-covid-19-no-cerebro/41624/

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