“Acredito na existência de um mapa ‘secreto’ nas cidades, locais onde grupos específicos com interesses comuns se reúnem”, explica Felipe Pires, que desenvolveu o app com apoio do programa Startup Rio: Apoio à Difusão de Ambiente de Inovação em Tecnologia Digital no Estado do RJ, uma parceria da FAPERJ com a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). Com download gratuito para o sistema Android, iPhone e web, o Orbis é como se fosse uma fusão do Foursquare, Guias locais, Meetup.com e comunidades do reddit, pois com os três principais botões – mapa, radar e grupos – o usuário se insere no mapa da cidade ou bairro em que está (residência, trabalho ou lazer), visualiza os locais e as tribos próximas, junta-se a um grupo existente ou, ainda, pode criar um novo grupo, postar fotos, vídeos e fazer comentários. Ou seja, o app, que já reúne quase 10 mil usuários, é uma ferramenta que ajuda pessoas que estão em áreas próximas a se conectarem em torno de interesses comuns.
“A grande vantagem é que a marcação dos locais onde os grupos se reúnem, as fotos e as avaliações são iniciativa dos usuários. Então, os points onde os grupos estão são sempre atuais e recentes”, explica Pires, que é sócio da especialista em marketing Anna Timoshenko e conta também com colaboradores para o desenvolvimento da ferramenta. Por isso, na medida em que os grupos e locais vão atraindo mais usuários, os círculos com os símbolos dos grupos no mapa vão aumentando de tamanho e os de menor trânsito vão ficando menores, até desaparecerem. Ou seja, o grupo que está maior no mapa é o que está bombando mais. As tribos, conta o desenvolvedor, têm os mais variados interesses, e incluem desde torcedores de times de futebol e praticantes de esportes, até amantes da gastronomia, natureza, fãs de praia, música, viagens, cerveja artesanal, integrantes de blocos de Carnaval etc. “O aplicativo reflete a interação das pessoas com a cidade”, resume Pires, que cursou Ciência da Computação. Além disso, o app conta com um feed com notícias do que ocorre em um raio de até 25 quilômetros da localização do usuário mostrando foto, texto e vídeos postados por outros usuários próximos.
Os sócios Felipe Pires e Anna Timoshenko querem conquistar o Rio e São Paulo, mas o mercado potencial é de cinco mil municípios brasileiros
Fato curioso foi quando eles fizeram uma parceria do Orbis com o grupo Adoção Animal, no Facebook, que hoje é um dos casos de uso do app mais bem sucedidos. Observando o mapa do app, eles descobriram que no bairro ao lado havia uma cadelinha para adoção. Todo o processo foi feito via aplicativo e hoje Orbina, como foi batizada, é a mascote da Startup. Em sua coleira há uma medalhinha com a logomarca do app: a rosa dos ventos. A adoção deste símbolo para a marca tem a ver com o interesse de Felipe pela cartografia. Ele conta que o projeto foi inspirado no primeiro Atlas produzido no mundo, o Theatrum Orbis Terrarum, autoria do cartógrafo holandês Abraham Ortelius, em 1570. Ele acredita que os mapas da era do descobrimento são instigantes, pois não têm o mundo totalmente mapeado, dando margem à imaginação sobre terras e povos distantes.
Com o primeiro impulso do programa Startup Rio, os sócios puderam validar seu projeto e com isso participar do Startup Macaé, uma iniciativa da prefeitura do município para selecionar empresas que já disponibilizassem um produto inovador. O Startup Macaé é uma plataforma de conexão entre empreendedores, universidades, governo e empresas, com foco nas áreas de desenvolvimento, apoio e iniciação tecnológica, nos eixos da sustentabilidade, educação, saúde, indústria 4.0, governo e sociedade. O link para o “Mapa Social” do Orbis foi disponibilizado no portal do governo municipal de Macaé, e tem mapeado uma dezena de locais e grupos sociais, como o Mirante da Lagoa, onde está localizada a quadra de basquete, com informação do dia e horário dos jogos; a pista de ciclismo, o paintball, a cidade universitária, a plataforma de petróleo, hospital público, entre outros locais. Anna Timoshenko sentiu que as prefeituras são um filão e logo conquistou Búzios, que também já utiliza o Orbis, Rio das Ostras, que aderiu ao app na segunda quinzena de julho, e Duque de Caxias, que mantém um banner permanente no site da prefeitura. Os sócios estão empenhados em conquistar em breve a chancela das prefeituras de Rio de Janeiro e São Paulo. Mas o potencial de crescimento do aplicativo é bem maior, pois com a ajuda do Google Maps, o Orbis pode ser utilizado nos mapas dos mais de 5 mil municípios brasileiros.
Autor: Paula Guatimosim
Fonte: Faperj
Sítio Online da Publicação: Faperj
Data: 01/08/2019
Publicação Original: http://www.faperj.br/?id=3806.2.5
Fato curioso foi quando eles fizeram uma parceria do Orbis com o grupo Adoção Animal, no Facebook, que hoje é um dos casos de uso do app mais bem sucedidos. Observando o mapa do app, eles descobriram que no bairro ao lado havia uma cadelinha para adoção. Todo o processo foi feito via aplicativo e hoje Orbina, como foi batizada, é a mascote da Startup. Em sua coleira há uma medalhinha com a logomarca do app: a rosa dos ventos. A adoção deste símbolo para a marca tem a ver com o interesse de Felipe pela cartografia. Ele conta que o projeto foi inspirado no primeiro Atlas produzido no mundo, o Theatrum Orbis Terrarum, autoria do cartógrafo holandês Abraham Ortelius, em 1570. Ele acredita que os mapas da era do descobrimento são instigantes, pois não têm o mundo totalmente mapeado, dando margem à imaginação sobre terras e povos distantes.
Com o primeiro impulso do programa Startup Rio, os sócios puderam validar seu projeto e com isso participar do Startup Macaé, uma iniciativa da prefeitura do município para selecionar empresas que já disponibilizassem um produto inovador. O Startup Macaé é uma plataforma de conexão entre empreendedores, universidades, governo e empresas, com foco nas áreas de desenvolvimento, apoio e iniciação tecnológica, nos eixos da sustentabilidade, educação, saúde, indústria 4.0, governo e sociedade. O link para o “Mapa Social” do Orbis foi disponibilizado no portal do governo municipal de Macaé, e tem mapeado uma dezena de locais e grupos sociais, como o Mirante da Lagoa, onde está localizada a quadra de basquete, com informação do dia e horário dos jogos; a pista de ciclismo, o paintball, a cidade universitária, a plataforma de petróleo, hospital público, entre outros locais. Anna Timoshenko sentiu que as prefeituras são um filão e logo conquistou Búzios, que também já utiliza o Orbis, Rio das Ostras, que aderiu ao app na segunda quinzena de julho, e Duque de Caxias, que mantém um banner permanente no site da prefeitura. Os sócios estão empenhados em conquistar em breve a chancela das prefeituras de Rio de Janeiro e São Paulo. Mas o potencial de crescimento do aplicativo é bem maior, pois com a ajuda do Google Maps, o Orbis pode ser utilizado nos mapas dos mais de 5 mil municípios brasileiros.
Autor: Paula Guatimosim
Fonte: Faperj
Sítio Online da Publicação: Faperj
Data: 01/08/2019
Publicação Original: http://www.faperj.br/?id=3806.2.5
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