Pesquisadores relataram que as descobertas podem ajudar a construir um “catálogo” do microbioma para obras de arte. Cada uma das peças tinha uma coleção única de micróbios que poderiam ser identificados mais tarde, por meio de um estudo de sua biologia microscópica.
De modo importante, os microbiomas dos desenhos de Da Vinci tinham elementos-chave em comum suficientes para ajudar a identificar falsificações com base nas diferenças entre cada microbioma. Ou mesmo desenhos autênticos que foram armazenados em diferentes condições ao longo dos séculos.
Microbioma nos desenhos de Da Vinci
Além desses dados, os pesquisadores também mostraram que os desenhos de Da Vinci tinham um microbioma bem diferente do esperado, com várias bactérias e DNA humano. Provavelmente, por causa de séculos de manipulação pelos restauradores de arte e outras pessoas.
Desenhos estudados. Imagens: (Pinar et al., Frontiers, 2020)
Aliás, o papel dos restauradores é considerado mais importante, porque estiveram presentes os micróbios conhecidos por fazerem o papel de degradar com o tempo esses desenhos.
Portanto, o estudo é um exercício de prova de conceito, demonstrando futuramente como os microbiomas podem revelar histórias inesperadas de certas obras de arte e ajudar a detectar falsificações. Com isso, os pesquisadores examinaram o material biológico microscópico, vivo e morto, em sete dos desenhos emblemáticos do mestre.
Surpreendentemente, encontraram uma diversidade de bactérias, fungos e DNA humano.
A história que os materiais biológicos contam
A maior parte desse material coletado possivelmente pousou nos desenhos de Da Vinci bem depois de sua morte, 501 anos atrás. Então, o DNA (ou a boa concentração dele, pelo menos) vem de outras pessoas que manipularam os desenhos ao longo dos séculos.
Mas os novos materiais biológicos têm histórias para contar. A maior surpresa, relatada pelos pesquisadores, foi a alta concentração de bactérias nas obras de arte, especialmente comparando aos fungos.
A descoberta foi considerada excepcional, porque estudos anteriores mostraram fungos com a tendência de dominar microbiomas nos objetos de papel como esses desenhos. Entretanto, nesse caso, uma quantidade alta de bactérias de humanos e insetos (provavelmente, moscas que depositaram suas fezes) estavam presentes.
Aliás, o papel dos restauradores é considerado mais importante, porque estiveram presentes os micróbios conhecidos por fazerem o papel de degradar com o tempo esses desenhos.
Portanto, o estudo é um exercício de prova de conceito, demonstrando futuramente como os microbiomas podem revelar histórias inesperadas de certas obras de arte e ajudar a detectar falsificações. Com isso, os pesquisadores examinaram o material biológico microscópico, vivo e morto, em sete dos desenhos emblemáticos do mestre.
Surpreendentemente, encontraram uma diversidade de bactérias, fungos e DNA humano.
A história que os materiais biológicos contam
A maior parte desse material coletado possivelmente pousou nos desenhos de Da Vinci bem depois de sua morte, 501 anos atrás. Então, o DNA (ou a boa concentração dele, pelo menos) vem de outras pessoas que manipularam os desenhos ao longo dos séculos.
Mas os novos materiais biológicos têm histórias para contar. A maior surpresa, relatada pelos pesquisadores, foi a alta concentração de bactérias nas obras de arte, especialmente comparando aos fungos.
A descoberta foi considerada excepcional, porque estudos anteriores mostraram fungos com a tendência de dominar microbiomas nos objetos de papel como esses desenhos. Entretanto, nesse caso, uma quantidade alta de bactérias de humanos e insetos (provavelmente, moscas que depositaram suas fezes) estavam presentes.
Excrementos de insetos. (Pinar et al., Frontiers, 2020)
“Ao todo, insetos, restauradores e a localização geográfica parecem ter deixado um traço invisível aos olhos nos desenhos”, disseram os pesquisadores em comunicado. Só é difícil dizer se alguns desses contaminantes são originários da época em que Leonardo Da Vinci estava os esboçando.
Realmente, a maior parte do DNA veio de pessoas que restauraram a obra a partir do século 15. Porém, a equipe ainda não analisou o material genético de forma detalhada para ver de quem especificamente pode ter vindo.
Concluindo, os pesquisadores usaram uma nova ferramenta chamada Nanopore, método de sequenciamento genético que decompõe e analisa rapidamente o material genético para estudar detalhadamente os diferentes materiais biológicos.
Estudo publicado na revista Frontiers in Microbiology .
Autor: AMANDA DOS SANTOS
Fonte: socientifica
Sítio Online da Publicação: socientifica
Data: 22/11/20
Publicação Original: https://socientifica.com.br/desenhos-de-da-vinci/
“Ao todo, insetos, restauradores e a localização geográfica parecem ter deixado um traço invisível aos olhos nos desenhos”, disseram os pesquisadores em comunicado. Só é difícil dizer se alguns desses contaminantes são originários da época em que Leonardo Da Vinci estava os esboçando.
Realmente, a maior parte do DNA veio de pessoas que restauraram a obra a partir do século 15. Porém, a equipe ainda não analisou o material genético de forma detalhada para ver de quem especificamente pode ter vindo.
Concluindo, os pesquisadores usaram uma nova ferramenta chamada Nanopore, método de sequenciamento genético que decompõe e analisa rapidamente o material genético para estudar detalhadamente os diferentes materiais biológicos.
Estudo publicado na revista Frontiers in Microbiology .
Autor: AMANDA DOS SANTOS
Fonte: socientifica
Sítio Online da Publicação: socientifica
Data: 22/11/20
Publicação Original: https://socientifica.com.br/desenhos-de-da-vinci/
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