Para autores, tratamentos devem implicar na atenção integral e interdisciplinar visando suprir a novas demandas psicossociais que se apresentam após o diagnóstico – Foto: joergweitz via Pixabay / CC0
Artigo na Revista Latino-Americana de Enfermagem relata uma pesquisa minuciosa, apoiada em estudo quantitativo, com amostra composta por 331 pessoas vivendo com HIV/Aids, atendidas em ambulatório de um hospital de referência no Nordeste do Brasil. A proposta dos autores é “identificar as estratégias de enfrentamento de pessoas vivendo com aids frente à situação da doença e analisá-las segundo variáveis sociodemográficas, clínicas e hábitos de vida“. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), doença grave espalhada pelo mundo, tem seus efeitos atenuados hoje devido aos resultados bastante positivos da chamada terapia antirretroviral (TARV). Mas portador da doença ainda precisa enfrentar, sobretudo, preconceitos e discriminação da sociedade, o que acaba por gerar abandono do parceiro, dificuldades financeiras pela restrição ao mercado de trabalho e processos psicológicos que podem levar à depressão.
Rafael Silva e colaboradores destacam as “Estratégias de Enfrentamento”, referidas como “copings”, criadas para amenizar as dores de toda ordem dos portadores da doença, cujo sucesso vai depender de traços de personalidade, valores morais, religiosidade e inteligência individuais, mas também fatores sociológicos, incluindo “características familiares, redes sociais, situação econômica, relacionamento conjugal“.
O estudo se fundamentou na necessidade de conhecer-se melhor os aspectos psicológicos e sociais que interferem em portadores da doença, para que os tratamentos impliquem na “atenção integral e interdisciplinar visando suprir novas demandas psicossociais que possam surgir no contexto de vida dessas pessoas“, tendo como base para análise as diversidades sociais, demográficas, clínicas, “hábitos de vida” e fatores de estresse responsáveis pela cronicidade da doença e/ou associados à terapia antirretroviral.
Artigo na Revista Latino-Americana de Enfermagem relata uma pesquisa minuciosa, apoiada em estudo quantitativo, com amostra composta por 331 pessoas vivendo com HIV/Aids, atendidas em ambulatório de um hospital de referência no Nordeste do Brasil. A proposta dos autores é “identificar as estratégias de enfrentamento de pessoas vivendo com aids frente à situação da doença e analisá-las segundo variáveis sociodemográficas, clínicas e hábitos de vida“. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), doença grave espalhada pelo mundo, tem seus efeitos atenuados hoje devido aos resultados bastante positivos da chamada terapia antirretroviral (TARV). Mas portador da doença ainda precisa enfrentar, sobretudo, preconceitos e discriminação da sociedade, o que acaba por gerar abandono do parceiro, dificuldades financeiras pela restrição ao mercado de trabalho e processos psicológicos que podem levar à depressão.
Rafael Silva e colaboradores destacam as “Estratégias de Enfrentamento”, referidas como “copings”, criadas para amenizar as dores de toda ordem dos portadores da doença, cujo sucesso vai depender de traços de personalidade, valores morais, religiosidade e inteligência individuais, mas também fatores sociológicos, incluindo “características familiares, redes sociais, situação econômica, relacionamento conjugal“.
O estudo se fundamentou na necessidade de conhecer-se melhor os aspectos psicológicos e sociais que interferem em portadores da doença, para que os tratamentos impliquem na “atenção integral e interdisciplinar visando suprir novas demandas psicossociais que possam surgir no contexto de vida dessas pessoas“, tendo como base para análise as diversidades sociais, demográficas, clínicas, “hábitos de vida” e fatores de estresse responsáveis pela cronicidade da doença e/ou associados à terapia antirretroviral.
Foto: Free-Photos via Pixabay / CC0
Considerando uma população de 2.350 pacientes, o autor explica os critérios de seleção adotados para a pesquisa: “ter sido iagnosticado clinicamente com aids; apresentar idade acima de 18 anos; fazer uso da terapia antirretroviral há pelo menos 6 meses; estar cadastrado no ambulatório do hospital no período de coleta de dados“. “Coping” é a proposta de enfrentamento com vários recursos de combate à emoção negativa, propensão ao uso de álcool como fuga, e, para as mulheres, constatou-se ser mais difícil lidar com o problema, pelo fato “de muitas vezes elas serem abandonadas pelos seus parceiros após o diagnóstico positivo para o HIV“, com um peso maior do que para os homens, pois elas são responsáveis pela tutela dos filhos dependentes e tudo o que isso implica.
Salienta-se, no texto, a importância do trabalho como suporte emocional para os portadores da doença, “pois favorece a confiança e a autoestima“e o apoio da família. Entre as estratégias utilizadas para enfrentar essa situação estão o sigilo em relação ao diagnóstico, o otimismo, a prática de atividade física e o lazer. Observa o autor que os estudos de “‘coping’ devem ser incentivados para outras populações, ações que permitam o desenvolvimento dos mecanismos adaptativos das pessoas vivendo com doenças crônicas e seus familiares“, além dos estudos relacionados com a aids.
Considerando uma população de 2.350 pacientes, o autor explica os critérios de seleção adotados para a pesquisa: “ter sido iagnosticado clinicamente com aids; apresentar idade acima de 18 anos; fazer uso da terapia antirretroviral há pelo menos 6 meses; estar cadastrado no ambulatório do hospital no período de coleta de dados“. “Coping” é a proposta de enfrentamento com vários recursos de combate à emoção negativa, propensão ao uso de álcool como fuga, e, para as mulheres, constatou-se ser mais difícil lidar com o problema, pelo fato “de muitas vezes elas serem abandonadas pelos seus parceiros após o diagnóstico positivo para o HIV“, com um peso maior do que para os homens, pois elas são responsáveis pela tutela dos filhos dependentes e tudo o que isso implica.
Salienta-se, no texto, a importância do trabalho como suporte emocional para os portadores da doença, “pois favorece a confiança e a autoestima“e o apoio da família. Entre as estratégias utilizadas para enfrentar essa situação estão o sigilo em relação ao diagnóstico, o otimismo, a prática de atividade física e o lazer. Observa o autor que os estudos de “‘coping’ devem ser incentivados para outras populações, ações que permitam o desenvolvimento dos mecanismos adaptativos das pessoas vivendo com doenças crônicas e seus familiares“, além dos estudos relacionados com a aids.
Foto: GDJ via Pixabay / CC0
A importância da terapêutica de enfrentamento da questão passa, indispensavelmente, pelos cuidados psicológicos e psiquiátricos proporcionados pela enfermagem responsável dos hospitais e centros de saúde, cuidados que capacitam os portadores a contar com um bem-sucedido controle desse sério problema de saúde.
A importância da terapêutica de enfrentamento da questão passa, indispensavelmente, pelos cuidados psicológicos e psiquiátricos proporcionados pela enfermagem responsável dos hospitais e centros de saúde, cuidados que capacitam os portadores a contar com um bem-sucedido controle desse sério problema de saúde.
Fonte: Jornal USP
Sítio Online da Publicação: Jornal USP
Data de Publicação: 14/05/2018
Publicação Original: http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/pesquisa-destaca-as-estrategias-de-enfrentamento-de-quem-vive-com-aids/
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