segunda-feira, 26 de agosto de 2024

28° edição do Fiocruz pra Você levou vacinação, assistência jurídica e programação cultural à população carioca


Completando a agenda musical, a Escola de Música de Manguinhos trouxe apresentações das turmas de cavaquinho, teclado, canto e musicalização infantil. O projeto é um ambiente dedicado ao aprendizado e ao desenvolvimento musical, proporcionando oportunidades para a formação de grupos e/ou solistas na comunidade de Manguinhos. Atualmente, a escola atende 212 alunos que estão sendo formados para desenvolver raciocínio, memória e estímulos através da música e da cultura popular.  

“A participação de nossos alunos no evento Fiocruz Pra Você é uma expressão concreta da nossa missão. Desde sua primeira edição, o evento não só promove a saúde por meio da vacinação, mas também se propõe a enfrentar a violência nas comunidades ao redor da Fiocruz através do fortalecimento da cidadania. É uma celebração que integra cultura, ciência e solidariedade, e é um orgulho para nós poder contribuir com uma apresentação musical que reflete o talento e a dedicação de nossos alunos”, salientou Bruna do Prado, professora das turmas de musicalização infantil.  

A programação para as crianças foi destaque das atividades oferecidas pelo Espaço Casa Viva. A Oficina Portinari, projeto que tem objetivo de promover práticas artísticas e culturais, apresentou duas exposições com trabalhos feitos por crianças da comunidade, com desenhos e pinturas sobre alimentação saudável e memória de lugares de referência em Manguinhos, incentivando a criatividade e promovendo educação através da arte. Também foram oferecidas oficinas de desenhos e pinturas para as famílias que foram atualizar as cadernetas de vacinação. 

No campo da literatura, a Biblioteca Casa Viva realizou contação de histórias para crianças e exposição do varal de poesias. A Biblioteca é um espaço dedicado à democratização do acesso à informação e incentivo à leitura para todas as faixas etárias, além de ter um trabalho voltado para o letramento racial.  

“A Biblioteca Casa Viva tem um trabalho importante de letramento racial através da literatura. Durante o evento, pais e filhos podem dialogar sobre as vivências da primeira infância até a vida adulta de uma forma mais lúdica, mas enriquecedora para o debate no território", afirmou Elisabeth Campos. 

Equipe do Espaço Casa Viva/ RedeCCAP reunida no estande de literatura da Biblioteca Casa Viva. Na foto oito pessoas sentadas em um tapete com livros infantis 

Já o Projeto Empregabilidade Social da Pessoa Surda ofereceu aos pequenos atividades como amarelinha em datilologia, o alfabeto manual em Libras, onde os participantes puderam aprender de forma lúdica e dinâmica. O projeto, que promove a inserção de trabalhadores surdos nas dependências da Fiocruz através de postos de trabalho e processos formativos, também levou sua tradicional Oficina de Libras, promovida pelo Centro de Vida Independente do Rio de Janeiro (CVI-Rio), em parceria com a Cooperação Social e a Coordenação Geral de Gestão de Pessoas (Cogepe), para sensibilização da comunidade em relação ao tema.  

A criançada também pôde se divertir com as ações do projeto Crescendo com Manguinhos, uma iniciativa da Responsabilidade Socioambiental de Bio-Manguinhos (Somar) com apoio da CCSP, a partir de oficinas de escrita, pintura e leitura, e sarau com apresentação de poemas, além de atividades com o corpo para todas as idades. O projeto é estruturado em diferentes frentes, incluindo aquelas com foco pedagógico, como Geração Manguinhos, Oficina do Empreendedor e Atividades para Adultos e também de uma iniciativa voltada para a Geração de Trabalho e Renda, chamada Costurando em Manguinhos. 

Fechando a agenda cultural, a Organização Mulheres de Atitude (OMA), criada em 2010 e parceira da CCSP, esteve presente com a Exposição Varal sobre Violência contra Mulher, buscando compreender as diferentes violências que ocorrem no cotidiano e como estas impactam a saúde e a vida das mulheres e de seus familiares, além de identificar quais os mecanismos de proteção, leis e locais de acolhimento às vítimas. 

"Nosso objetivo é fortalecer essas mulheres para romper o ciclo de violência trazendo elas para o debate, para as oficinas e passeios culturais. Muitas delas são alvo da violência e não sabem que estão sofrendo. Queremos fortalecer essas mulheres para inserção no mercado de trabalho. A vida financeira é um dos fatores mais importantes que ajudam elas a romperem com a violência, além do acesso à educação, com ações nesta área. Nas oficinas e nos encontros, sempre divulgamos os equipamentos oficiais, serviços telefônicos e instituições locais da favela”, destacou Patrícia Evangelista, cofundadora da OMA.   

Autor: Fiocruz
Fonte: Fiocruz
Sítio Online da Publicação: Fiocruz 
Data: 23/08/2024

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