Uma esmagadora explosão solar atingiu a Terra com força suficiente para alterar todo o seu campo magnético, revelou uma equipa de investigadores da NASA, num estudo publicado recentemente na revista científica ‘Geophysical Research Letters’.
De acordo com os astrofísicos do ‘Goddard Space Flight Center’ da NASA, foi detetada uma explosão, originada em abril de 2023, que perturbou a magnetosfera natural durante duas horas.
A Terra é perpetuamente bombardeada por um fluxo de partículas carregadas do Sol, conhecido como vento solar. Normalmente, o planeta move-se por todo o sistema solar com um campo magnético em forma de cauda no lado noturno durante as interações com o vento solar. No entanto, durante este evento, a cauda magnética típica da Terra foi substituída por asas.
As observações da Missão Magnetosférica Multiescala (MMS) da NASA estabeleceram como é que isto poderia acontecer, como resultado de um fenómeno raro durante uma ejeção de massa coronal (CME) – onde explosões em grande escala de plasma e energia magnética irrompem da coroa do Sol, a parte mais externa da sua atmosfera. A mais de 1,8 milhões de graus Fahrenheit, a coroa é muito mais quente do que a superfície do Sol
As asas têm o nome do físico sueco Hannes Alfvén, que fez contribuições significativas para a compreensão da física dos plasmas.
Durante a transformação única, formaram um canal que ligava a magnetosfera à CME. Esta ligação facilitou a transferência de plasma entre a Terra e o Sol – as CME mais rápidas dirigidas à Terra podem chegar em apenas 15-18 horas, enquanto as mais lentas podem demorar vários dias.
Campo magnético da Terra foi totalmente alterado durante duas horas após esmagadora explosão solar, garantem cientistas
Por Francisco Laranjeira 15:30, 10 Ago 2024
Uma esmagadora explosão solar atingiu a Terra com força suficiente para alterar todo o seu campo magnético, revelou uma equipa de investigadores da NASA, num estudo publicado recentemente na revista científica ‘Geophysical Research Letters’.
De acordo com os astrofísicos do ‘Goddard Space Flight Center’ da NASA, foi detetada uma explosão, originada em abril de 2023, que perturbou a magnetosfera natural durante duas horas.
A Terra é perpetuamente bombardeada por um fluxo de partículas carregadas do Sol, conhecido como vento solar. Normalmente, o planeta move-se por todo o sistema solar com um campo magnético em forma de cauda no lado noturno durante as interações com o vento solar. No entanto, durante este evento, a cauda magnética típica da Terra foi substituída por asas.
As observações da Missão Magnetosférica Multiescala (MMS) da NASA estabeleceram como é que isto poderia acontecer, como resultado de um fenómeno raro durante uma ejeção de massa coronal (CME) – onde explosões em grande escala de plasma e energia magnética irrompem da coroa do Sol, a parte mais externa da sua atmosfera. A mais de 1,8 milhões de graus Fahrenheit, a coroa é muito mais quente do que a superfície do Sol
As asas têm o nome do físico sueco Hannes Alfvén, que fez contribuições significativas para a compreensão da física dos plasmas.
Durante a transformação única, formaram um canal que ligava a magnetosfera à CME. Esta ligação facilitou a transferência de plasma entre a Terra e o Sol – as CME mais rápidas dirigidas à Terra podem chegar em apenas 15-18 horas, enquanto as mais lentas podem demorar vários dias.
À medida que se afastam do Sol, as CME aumentam de tamanho e as maiores podem atingir dimensões que cobrem quase um quarto da distância entre a Terra e o Sol quando chegam ao nosso planeta.
Este evento único indica que o vento solar produziu flutuações na atmosfera que são mais rápidas e densas do que se pensava anteriormente. Mil milhões de toneladas de material coronal terão sido expelidos de forma anómala, à medida que as asas recém-formadas da Terra interagiam com ventos solares intensos.
A descoberta desta CME fornece informações valiosas sobre a formação e evolução das asas de Alfvén: tais processos também podem ocorrer em torno de outros corpos magneticamente ativos no nosso sistema solar e fora dele.
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