Direito de imagem
EPA
Image caption
Brasil investiga mais de 900 casos suspeitos de coronavírus
O Ministério da Saúde anunciou que, até esta terça-feira (10/3), 34 casos do novo coronavírus foram confirmados no Brasil
Estes casos estão oito Estados: São Paulo (19), Rio de Janeiro (8), Bahia (2), Espírito Santo (1), Minas Gerais (1), Alagoas (1), Distrito Federal (1) e Rio Grande do Sul (1). Outros 893 casos estão sob suspeita, e 780 foram descartados.
Há seis casos de transmissão local, quando o paciente pegou o vírus no Brasil, em São Paulo (5) e na Bahia (1).
Nas últimas 24 horas, foram confirmados nove casos novos, no Rio de Janeiro (5), em São Paulo (3) e no Rio Grande do Sul (1). Dois casos em São Paulo são de transmissão local. Os sete restantes são casos importados, quando o paciente se infectou fora do país.
Dos 34 casos, 5 estão hospitalizados, entre eles uma paciente em Brasília com síndrome respiratória aguda grave em estado grave e que respira com ajuda de aparelhos. A mulher tem outras doenças, algo que contribui para o agravamento de sua condição, segundo o boletim médico divulgado pela secretaria de Saúde do Distrito Federal. Sua identidade não foi divulgada.
O Ministério da Saúde anunciou que, até esta terça-feira (10/3), 34 casos do novo coronavírus foram confirmados no Brasil
Estes casos estão oito Estados: São Paulo (19), Rio de Janeiro (8), Bahia (2), Espírito Santo (1), Minas Gerais (1), Alagoas (1), Distrito Federal (1) e Rio Grande do Sul (1). Outros 893 casos estão sob suspeita, e 780 foram descartados.
Há seis casos de transmissão local, quando o paciente pegou o vírus no Brasil, em São Paulo (5) e na Bahia (1).
Nas últimas 24 horas, foram confirmados nove casos novos, no Rio de Janeiro (5), em São Paulo (3) e no Rio Grande do Sul (1). Dois casos em São Paulo são de transmissão local. Os sete restantes são casos importados, quando o paciente se infectou fora do país.
Dos 34 casos, 5 estão hospitalizados, entre eles uma paciente em Brasília com síndrome respiratória aguda grave em estado grave e que respira com ajuda de aparelhos. A mulher tem outras doenças, algo que contribui para o agravamento de sua condição, segundo o boletim médico divulgado pela secretaria de Saúde do Distrito Federal. Sua identidade não foi divulgada.
Entre todos os casos confirmados até agora no país, 41% são entre pessoas de 40 anos ou menos. Por isso, o ministério apontou que a circulação do vírus entre faixas etárias menores exige um cuidado maior com as crianças, mas alertou que, entre idosos, os quadros graves são mais comuns.
Ainda não há no país a chamada transmissão comunitária — quando o vírus circula no país e não se consegue mais rastrear a origem dos casos —, mas o surgimento dela é "questão de dias", disse em entrevista coletiva Julio Croda, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde.
Na última sexta-feira (6/3), o Ministério da Saúde divulgou que não irá mais considerar "países com risco de transmissão" e passará a adotar como critério para caso suspeito do novo coronavírus aqueles que envolverem pessoas com sintomas que tenham feito viagens internacionais nos últimos 14 dias, principalmente para países da América do Norte, Europa, Ásia ou para a Austrália, Argélia ou Equador.
O novo coronavírus já chegou a 110 países e a todos os continentes, exceto a Antártida, e infectou mais de 113,7 mil pessoas, levando cerca de 4 mil delas à morte.
A OMS estima que 3,4% dos pacientes morrem por causa da Covid-19, a doença causada por este vírus. Mas especialistas estimam que essa taxa de letalidade gire em torno de 2% ou menos.
O Ministério da Saúde informou que estudos apontam que 90% dos casos do novo coronavírus apresentam sintomas leves e podem ser tratados nos postos de saúde ou em casa.
Mas, entre aqueles que são hospitalizados, o tempo de internação gira em torno de três semanas, o que gera um impacto sobre os sistemas de saúde, de acordo com a pasta, já que os leitos de unidades de tratamento intensivo (UTI) ficam ocupados por um longo tempo. Por isso, o governo vai buscar ampliar o número de leitos de UTI disponíveis.
MAPA: O alcance global do coronavírus
PERGUNTAS-CHAVE: Entenda o que importa sobre o novo vírus
MITOS E CONSELHOS FALSOS: O quer você deve ignorar sobre o Sars-Cov-2
PREVENÇÃO: O que você pode fazer para evitar o contágio
Confira nossa cobertura especial
O primeiro caso
O primeiro paciente diagnosticado no Brasil com o novo coronavírus viajou a trabalho à região italiana da Lombardia, a mais afetada do país europeu, entre os dias 9 e 21 de fevereiro. Ele, que é um empresário, retornou ao Brasil com sintomas como febre, tosse seca, dor de garganta e coriza.
O primeiro paciente diagnosticado no Brasil com o novo coronavírus viajou a trabalho à região italiana da Lombardia, a mais afetada do país europeu, entre os dias 9 e 21 de fevereiro. Ele, que é um empresário, retornou ao Brasil com sintomas como febre, tosse seca, dor de garganta e coriza.
Direito de imagem
GETTY IMAGES
Image caption
Pacientes com coronavírus no Brasil são acompanhados por autoridades; oito casos foram confirmados
No hospital, em 24 de fevereiro passou por um exame em tempo real, que constatou a covid-19. Exames feitos posteriormente confirmaram o diagnóstico.
O Ministério da Saúde informou que 30 parentes dele estão sendo monitorados, pois participaram de um almoço em família um dia antes do diagnóstico. Nenhum deles teria apresentado sintomas do vírus até o momento. Alguns chegaram a passar por exames, que deram negativo para a covid-19.
A expectativa é de que a quarentena do paciente termine no início da próxima semana. Não foram divulgados mais detalhes sobre a atual situação dele. A previsão inicial era de que ele fizesse acompanhamento médico por meio do telefone. Ele somente iria ao hospital em caso de o quadro de saúde se agravar.
Na tarde desta quinta-feira, o Ministério da Saúde divulgou que duas pessoas pessoas relacionadas a esse primeiro paciente contraíram o vírus por meio dele. Uma das pessoas pegou o coronavírus e passou para um segundo indivíduo.
O segundo caso
No sábado (29/02), o Ministério da Saúde anunciou que foi confirmado o segundo caso do novo coronavírus no Brasil. Conforme a pasta, o paciente contraiu a covid-19 na Itália.
Segundo uma nota divulgada pelo ministério, o paciente esteve em Milão, principal cidade da região italiana da Lombardia.
Ele desembarcou em São Paulo na quinta-feira (27) e, no dia seguinte, após apresentar dor de cabeça, dor muscular e febre, foi ao Hospital Israelita Albert Einstein, onde foi examinado e diagnosticado. Segundo o ministério, o paciente está com "quadro clínico leve e estável".
No hospital, em 24 de fevereiro passou por um exame em tempo real, que constatou a covid-19. Exames feitos posteriormente confirmaram o diagnóstico.
O Ministério da Saúde informou que 30 parentes dele estão sendo monitorados, pois participaram de um almoço em família um dia antes do diagnóstico. Nenhum deles teria apresentado sintomas do vírus até o momento. Alguns chegaram a passar por exames, que deram negativo para a covid-19.
A expectativa é de que a quarentena do paciente termine no início da próxima semana. Não foram divulgados mais detalhes sobre a atual situação dele. A previsão inicial era de que ele fizesse acompanhamento médico por meio do telefone. Ele somente iria ao hospital em caso de o quadro de saúde se agravar.
Na tarde desta quinta-feira, o Ministério da Saúde divulgou que duas pessoas pessoas relacionadas a esse primeiro paciente contraíram o vírus por meio dele. Uma das pessoas pegou o coronavírus e passou para um segundo indivíduo.
O segundo caso
No sábado (29/02), o Ministério da Saúde anunciou que foi confirmado o segundo caso do novo coronavírus no Brasil. Conforme a pasta, o paciente contraiu a covid-19 na Itália.
Segundo uma nota divulgada pelo ministério, o paciente esteve em Milão, principal cidade da região italiana da Lombardia.
Ele desembarcou em São Paulo na quinta-feira (27) e, no dia seguinte, após apresentar dor de cabeça, dor muscular e febre, foi ao Hospital Israelita Albert Einstein, onde foi examinado e diagnosticado. Segundo o ministério, o paciente está com "quadro clínico leve e estável".
Direito de imagem
GETTY IMAGES
Image caption
Pacientes com coronavírus deverão ficar em quarentena
Em entrevista à TV Globonews, o infectologista David Uip — coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo — disse que o homem viajou da Itália ao Brasil com uma máscara facial, o que reduz o risco de ter transmitido o vírus para outros passageiros.
Uip afirma que o paciente será acompanhado pela vigilância sanitária por meio de visitas e conversas telefônicas até que deixe de apresentar sintomas. "Depois, volta à vida normal", diz o médico.
Segundo o infectologista, a detecção de mais um caso do novo coronavírus era "absolutamente esperada", dado o intenso tráfego entre Brasil e Itália.
O homem é funcionário da corretora XP Investimentos, que confirmou o diagnóstico. A empresa enviou um comunicado a seus colaboradores informando o fato e orientando que todos aqueles que tenham passado por países de risco e tenham tido sintomas como dor de cabeça, febre, tosse ou falta de ar procurem ajuda médica e trabalhem de casa pelos próximos 14 dias.
Segundo a XP, o funcionário com a covid-19 participou de uma reunião logo após chegar ao Brasil. Os 10 colaboradores que participaram do encontro com ele estão sendo monitorados. Quatro deles, conforme a empresa, passaram por exames que apontaram negativo para a covid-19.
Em nota, a empresa afirma que o fato de um colaborador ter sido diagnosticado com a covid-19 "não acarreta nenhum impacto para os clientes e parceiros das empresas da companhia, e todas as operações prosseguem normalmente".
O terceiro caso
De acordo com o Ministério da Saúde, o terceiro paciente confirmado com o novo coronavírus é um administrador de empresas. O colombiano, que mora na capital paulista, viajou de São Paulo para a Espanha em nove de fevereiro. No dia 16 seguiu para a Itália. Seis dias depois, foi para a Áustria. No dia 28 de fevereiro foi para a Alemanha e depois retornou ao Brasil.
Nesta quarta-feira (4), conforme o Ministério da Saúde, o colombiano procurou atendimento médico no hospital Albert Einstein, pois apresentava sintomas como tosse, dor de garganta, dor de cabeça e coriza. Ele passou por exames que apontaram a Covid-19.
Conforme o Ministério da Saúde, o paciente está clinicamente bem e ficará em quarentena pelas próximas duas semanas. A pasta informou que fez levantamento no voo em que ele estava, para checar as pessoas que estavam nas fileiras próximas a ele, para que passem por monitoramento.
O quarto caso
A jovem de 13 anos diagnosticada com o novo coronavírus viajou de São Paulo para Lisboa, em Portugal, em 21 de fevereiro. No dia seguinte, de acordo com o Ministério da Saúde, ela embarcou para Milão, no norte da Itália (região em que há diversos registros de casos do vírus). Depois, seguiu de trem para Dolomitas, também na região norte da Itália.
"Ela esteve internada em um hospital (em Dolomitas), por lesão no ligamento e para uma correção cirúrgica", disse o ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta, na tarde de quarta-feira. Segundo ele, a suspeita é de que a jovem tenha se machucado durante a viagem. "Ela retornou ao Brasil no último domingo (01/03)", relatou o ministro.
Segundo Mandetta, a jovem procurou um hospital particular em São Paulo na segunda-feira (2), mesmo sem apresentar sintomas. Ele disse que a garota teria decidido fazer os exames por ter ido à região italiana que tem diversos registros do vírus. Os primeiros exames deram positivos. Foi necessária uma contraprova, que atestou o vírus.
Apesar de ser assintomática, o Ministério da Saúde decidiu que a garota está entre os casos confirmados do novo coronavírus, pois levou em consideração os quatro critérios: pelo resultado positivo dos exames, pelo local provável de infecção (Itália), pela possibilidade da medicação após tratamento de uma lesão ter mascarado os sintomas e pela possibilidade de ainda ter sintomas nos próximos dias.
Os demais casos
Entre os primeiros casos registrados fora de São Paulo está o de uma jovem de 27 anos, que mora em Barra Mansa, no Rio de Janeiro. Conforme o Ministério da Saúde, ela viajou para a Itália e para a Alemanha entre os dias 9 e 23 de fevereiro. Segundo a pasta, ela começou a apresentar sintomas da covid-19 a partir de 17 de fevereiro. Ela somente procurou atendimento no início deste mês.
O segundo caso no Rio de Janeiro também é de uma mulher, de 52 anos, que viajou para a Itália. Moradora da capital, ela apresentava sintomas de quadro viral — febre, tosse, congestão nasal e conjuntivite — desde o retorno da viagem, em 4 de março.
Com ela viajaram outras três pessoas, que estão sendo monitoradas pela secretaria de Saúde e pela Vigilância municipal. A paciente, que mora sozinha, está em isolamento domiciliar.
O terceiro caso no Rio trata-se de uma mulher de 42 anos que viajou com a mulher citada acima à Itália e já estava sendo monitorada por profissionais da saúde. O estado de saúde dela é estável e ela está em isolamento domiciliar.
O caso confirmado no Espírito Santo é de uma mulher de 37 anos, que recentemente viajou para a Itália. O Ministério da Saúde não divulgou mais detalhes.
De acordo com a Secretaria de Saúde Estadual da Bahia, o caso no Estado é de uma mulher de 34 anos, moradora de Feira de Santana, que retornou da Itália em 25 de fevereiro, onde passou por Milão e Roma. Conforme a pasta, ela manifestou febre e problemas respiratórios após chegar ao Brasil. A paciente permanece em isolamento em sua casa, após exames na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmarem o novo coronavírus. Atualmente, segundo a secretaria, ela é considerada assintomática.
Cuidados
A principal recomendação de profissionais de saúde que acompanham o surto é simples, porém bastante eficiente: lavar as mãos com sabão após usar o banheiro, sempre que chegar em casa ou antes de manipular alimentos.
O ideal é esfregar as mãos por algo entre 15 e 20 segundos para garantir que os vírus e bactérias serão eliminados.
Se estiver em um ambiente público, por exemplo, ou com grande aglomeração, não toque a boca, o nariz ou olhos sem antes ter antes lavado as mãos ou pelo limpá-las com álcool. O vírus é transmitido por via aérea, mas também pelo contato.
Também é importante manter o ambiente limpo, higienizando com soluções desinfetantes as superfícies como, por exemplo, móveis e telefones celulares.
Para limpar o celular, pode-se usar uma solução com mais ou menos metade de água e metade de álcool, além de um pano limpo.
Autor: BBC News Brasil
Fonte: BBC News Brasil
Sítio Online da Publicação: BBC News Brasil
Data: 10/03/2020
Publicação Original: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51713943
Em entrevista à TV Globonews, o infectologista David Uip — coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo — disse que o homem viajou da Itália ao Brasil com uma máscara facial, o que reduz o risco de ter transmitido o vírus para outros passageiros.
Uip afirma que o paciente será acompanhado pela vigilância sanitária por meio de visitas e conversas telefônicas até que deixe de apresentar sintomas. "Depois, volta à vida normal", diz o médico.
Segundo o infectologista, a detecção de mais um caso do novo coronavírus era "absolutamente esperada", dado o intenso tráfego entre Brasil e Itália.
O homem é funcionário da corretora XP Investimentos, que confirmou o diagnóstico. A empresa enviou um comunicado a seus colaboradores informando o fato e orientando que todos aqueles que tenham passado por países de risco e tenham tido sintomas como dor de cabeça, febre, tosse ou falta de ar procurem ajuda médica e trabalhem de casa pelos próximos 14 dias.
Segundo a XP, o funcionário com a covid-19 participou de uma reunião logo após chegar ao Brasil. Os 10 colaboradores que participaram do encontro com ele estão sendo monitorados. Quatro deles, conforme a empresa, passaram por exames que apontaram negativo para a covid-19.
Em nota, a empresa afirma que o fato de um colaborador ter sido diagnosticado com a covid-19 "não acarreta nenhum impacto para os clientes e parceiros das empresas da companhia, e todas as operações prosseguem normalmente".
O terceiro caso
De acordo com o Ministério da Saúde, o terceiro paciente confirmado com o novo coronavírus é um administrador de empresas. O colombiano, que mora na capital paulista, viajou de São Paulo para a Espanha em nove de fevereiro. No dia 16 seguiu para a Itália. Seis dias depois, foi para a Áustria. No dia 28 de fevereiro foi para a Alemanha e depois retornou ao Brasil.
Nesta quarta-feira (4), conforme o Ministério da Saúde, o colombiano procurou atendimento médico no hospital Albert Einstein, pois apresentava sintomas como tosse, dor de garganta, dor de cabeça e coriza. Ele passou por exames que apontaram a Covid-19.
Conforme o Ministério da Saúde, o paciente está clinicamente bem e ficará em quarentena pelas próximas duas semanas. A pasta informou que fez levantamento no voo em que ele estava, para checar as pessoas que estavam nas fileiras próximas a ele, para que passem por monitoramento.
O quarto caso
A jovem de 13 anos diagnosticada com o novo coronavírus viajou de São Paulo para Lisboa, em Portugal, em 21 de fevereiro. No dia seguinte, de acordo com o Ministério da Saúde, ela embarcou para Milão, no norte da Itália (região em que há diversos registros de casos do vírus). Depois, seguiu de trem para Dolomitas, também na região norte da Itália.
"Ela esteve internada em um hospital (em Dolomitas), por lesão no ligamento e para uma correção cirúrgica", disse o ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta, na tarde de quarta-feira. Segundo ele, a suspeita é de que a jovem tenha se machucado durante a viagem. "Ela retornou ao Brasil no último domingo (01/03)", relatou o ministro.
Segundo Mandetta, a jovem procurou um hospital particular em São Paulo na segunda-feira (2), mesmo sem apresentar sintomas. Ele disse que a garota teria decidido fazer os exames por ter ido à região italiana que tem diversos registros do vírus. Os primeiros exames deram positivos. Foi necessária uma contraprova, que atestou o vírus.
Apesar de ser assintomática, o Ministério da Saúde decidiu que a garota está entre os casos confirmados do novo coronavírus, pois levou em consideração os quatro critérios: pelo resultado positivo dos exames, pelo local provável de infecção (Itália), pela possibilidade da medicação após tratamento de uma lesão ter mascarado os sintomas e pela possibilidade de ainda ter sintomas nos próximos dias.
Os demais casos
Entre os primeiros casos registrados fora de São Paulo está o de uma jovem de 27 anos, que mora em Barra Mansa, no Rio de Janeiro. Conforme o Ministério da Saúde, ela viajou para a Itália e para a Alemanha entre os dias 9 e 23 de fevereiro. Segundo a pasta, ela começou a apresentar sintomas da covid-19 a partir de 17 de fevereiro. Ela somente procurou atendimento no início deste mês.
O segundo caso no Rio de Janeiro também é de uma mulher, de 52 anos, que viajou para a Itália. Moradora da capital, ela apresentava sintomas de quadro viral — febre, tosse, congestão nasal e conjuntivite — desde o retorno da viagem, em 4 de março.
Com ela viajaram outras três pessoas, que estão sendo monitoradas pela secretaria de Saúde e pela Vigilância municipal. A paciente, que mora sozinha, está em isolamento domiciliar.
O terceiro caso no Rio trata-se de uma mulher de 42 anos que viajou com a mulher citada acima à Itália e já estava sendo monitorada por profissionais da saúde. O estado de saúde dela é estável e ela está em isolamento domiciliar.
O caso confirmado no Espírito Santo é de uma mulher de 37 anos, que recentemente viajou para a Itália. O Ministério da Saúde não divulgou mais detalhes.
De acordo com a Secretaria de Saúde Estadual da Bahia, o caso no Estado é de uma mulher de 34 anos, moradora de Feira de Santana, que retornou da Itália em 25 de fevereiro, onde passou por Milão e Roma. Conforme a pasta, ela manifestou febre e problemas respiratórios após chegar ao Brasil. A paciente permanece em isolamento em sua casa, após exames na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmarem o novo coronavírus. Atualmente, segundo a secretaria, ela é considerada assintomática.
Cuidados
A principal recomendação de profissionais de saúde que acompanham o surto é simples, porém bastante eficiente: lavar as mãos com sabão após usar o banheiro, sempre que chegar em casa ou antes de manipular alimentos.
O ideal é esfregar as mãos por algo entre 15 e 20 segundos para garantir que os vírus e bactérias serão eliminados.
Se estiver em um ambiente público, por exemplo, ou com grande aglomeração, não toque a boca, o nariz ou olhos sem antes ter antes lavado as mãos ou pelo limpá-las com álcool. O vírus é transmitido por via aérea, mas também pelo contato.
Também é importante manter o ambiente limpo, higienizando com soluções desinfetantes as superfícies como, por exemplo, móveis e telefones celulares.
Para limpar o celular, pode-se usar uma solução com mais ou menos metade de água e metade de álcool, além de um pano limpo.
Autor: BBC News Brasil
Fonte: BBC News Brasil
Sítio Online da Publicação: BBC News Brasil
Data: 10/03/2020
Publicação Original: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51713943
Nenhum comentário:
Postar um comentário