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Com quatro chamadas regulares e sete editais para temas específicos, números de contratos firmados em 2017 poderá superar os resultados de 2016 (foto: Felipe Maeda / Agência FAPESP)
A projeção de Goldemberg se justifica: além de quatro ciclos anuais, a FAPESP seleciona propostas apresentadas por pequenas empresas no âmbito do PIPE em chamadas relacionadas a temas específicos, em parceria com outras instituições. “Só neste ano foram sete editais”, disse o diretor científico Carlos Henrique de Brito Cruz.
Os sete editais incluem: a chamada PIPE e Pitch Gov.SP, junto com a Secretaria de Governo do Estado de São Paulo, com prazo de submissão até o dia 4 de dezembro; e o edital PIPE/PAPPE Subvenção, para projetos em manufatura avançada, em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e prazo de inscrição até 11 de dezembro.
As iniciativas voltadas ao apoio a pequenas empresas, mencionadas por Brito Cruz, incluem também dois editais em conjunto com instituições empresariais: o edital em parceria com o Canada Cooperation in Industrial Research and Innovation Projects, para a seleção de projetos a serem desenvolvidos por empresas paulistas e canadenses, com submissão até o dia 8 de dezembro; e o segundo ciclo de chamada conjunta com o Centro para el Desarrollo Tecnológico Industrial (CDTI), da Espanha, que termina em 31 de maio de 2018 e tem como objetivo promover e facilitar a realização de projetos de pesquisas bilaterais, envolvendo empresas dos dois países.
Somam-se a essa lista três chamadas já encerradas: a 5ª rodada do PIPE/PAPPE Subvenção para a Fase 3 do PIPE – de comercialização de produtos resultantes de projetos de pesquisa – e duas chamadas conjuntas da FAPESP e Finep: a primeira, para seleção de propostas de pesquisa voltadas ao desenvolvimento de produtos ou processos tecnológicos para o combate a arboviroses – como a febre amarela, a Zika, a dengue e a chikungunya – e seus insetos vetores, particularmente o Aedes aegypti, e a segunda, de apoio ao desenvolvimento de aplicativos que aumentem a produtividade e a eficiência do setor agropecuário.
Círculo virtuoso de investimento
Além de Goldemberg e de Brito Cruz, participaram do evento Eduardo Moacyr Krieger, vice-presidente do Conselho Superior da FAPESP, Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo, e Fernando Menezes, diretor administrativo da Fundação, e Marco Antonio Zago, reitor da Universidade de São Paulo (USP).
Empresários e pesquisadores de empresas que tiveram projetos selecionados no 2º Ciclo de 2017 lotaram o auditório da FAPESP. Instaladas nas cidades de São Paulo, Campinas, São Carlos, São José dos Campos, Araraquara, São José do Rio Preto, Santos, Araçatuba, Sorocaba, Santa Bárbara D´Oeste e em Pompeia – no oeste de São Paulo, com 21 mil habitantes –, muitas das empresas se abrigam em incubadoras e parques tecnológicos.
A startup dirigida por Ana Rita de Toledo Piza – que estará formalmente constituída por ocasião da assinatura do termo de outorga com a FAPESP – está instalada no Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), incubadora de empresas de base tecnológica sediada no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), na Cidade Universitária da USP, em São Paulo. A empresa terá o apoio do PIPE para desenvolver um antiviral de baixo custo contra infecção por vírus Zika.
A empresa Centro de Serviços em Materiais Cerâmicos, instalada no Parque Tecnológico de São Carlos, vai desenvolver um aditivo para a indústria de porcelanato que pretende evitar a deformação do produto no processo de queima. E a startup dirigida por Fernanda Mansano Carbinatto, também em fase de constituição, instalada na incubadora municipal de Araraquara, terá apoio da Fundação para desenvolver biocurativos à base de curcumina para o tratamento tópico de leishmaniose tegumentar.
Algumas das empresas selecionadas já tiveram projetos apoiados pelo PIPE. É o caso da Oralls, de São José dos Campos – com filial em Bauru – que testará um dentifrício ultrafuncional, associado a um agente fluoretado e inibidor de protease (leia mais em: http://pesquisaparainovacao.fapesp.br/166).
“O PIPE é o maior programa brasileiro de apoio à inovação e pretendemos ampliá-lo”, destacou Goldemberg. O presidente da FAPESP contou que, em apresentação na Assembleia Legislativa de São Paulo, no dia anterior (30/10), empresas apoiadas pelo PIPE e com produtos no mercado, mostraram ter devolvido ao Estado de São Paulo, na forma de imposto, valores superiores aos investimentos públicos na fase de consolidação.
Autora: Claudia Izique
Fonte: Elton Alisson
Sítio Online da Publicação: Agência FAPESP
Data de Publicação: 01/11/2017
Publicação Original: http://agencia.fapesp.br/fapesp_anuncia_apoio_do_pipe_a_mais_49_empresas/26553/
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