Muitas das técnicas convencionais se baseiam na identificação dos microrganismos através de provas bioquímicas, analisando o seu fenótipo. O resultado destes métodos se dá entre 12 e 24 horas, o que atrasa a liberação do laudo e terapia antimicrobiana dos pacientes.
O MALDI-TOF é uma técnica de espectrofotometria de massa nova, que detecta moléculas de massa maior, como as proteínas. O teste então baseia-se na detecção de um grande espectro de proteínas, podendo então discriminar melhor as espécies. A espectrofotometria de massa é largamente utilizada em outras áreas, como a toxicologia, mas até então não era uma realidade na rotina dos laboratórios de microbiologia. “A evolução ocorreu quando a matriz utilizada para ionizar as proteínas foi mudada para que pudesse ionizar as proteínas ribossomais – estas bem mais conservadas do que as proteínas de superfície – o que levou à identificação de espécies e até subespécies de muitos microrganismos”.
Koichi Tanaka (Shimadzu Corporation - Kyoto/Japão) ganhou o Prêmio Nobel 2002 em Química por desenvolver o método de ionização/dessorção para análises de espectrometria de massa em macromoléculas biológicas. O princípio tornou-se fundamental nos métodos padrões (MALDI, SELDI e DIOS) para análise estrutural de peptídeos, proteínas e carboidratos que torna possível a determinação rápida do conteúdo da proteína da célula intacta e do tecido vivo.
No teste, é necessário escolher a colônia a ser analisada, e posteriormente a amostra é dissolvida e colocada em uma placa contendo uma matriz polimérica. A placa é então irradiada com um laser de nitrogênio que vaporiza a amostra ionizando as moléculas que serão aspiradas e elevadas a um detector. Dependendo da molécula, o tempo de chegada será diferente (time of flight). Os dados obtidos através de gráficos que representam estas leituras serão comparados a uma base algorítmica de um site que contém um grande número de espécies de relevância clínica – incluindo microrganismos aeróbios, anaeróbios, microbactérias, leveduras e fungos filamentosos.
Preparação da amostra até a apresentação do gráfico.
Maldi-Tof: como ocorre a espectrofotometria no aparelho.
O procedimento é muito rápido, e diferente dos métodos convencionais, os resultados são dados em minutos, o que agiliza a liberação do laudo. Embora um dos pontos negativos seja o fato de o MALDI-TOF não obter parâmetros para antibiograma e este deva ser feito manualmente ou por outro método automatizado, o novo método de espectrofotometria dá indicações e diretrizes ao microbiologista referentes a resistências intrínsecas da bactéria.
Fontes:
Richet Laboratório.
Faculdade de Ciência e Tecnologia - Universidade Nova de Lisboa.
Schimatzu.
Biomériux.
Autora: biomedicinaemacao
Fonte: biomedicinaemacao
Sítio Online da Publicação: biomedicinaemacao
Publicação Original: http://www.biomedicinaemacao.com.br/2013/11/maldi-tof-nova-tecnologia-no.html
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