São caracterizados como vegetais que durante sua evolução retornaram do ambiente terrestre para o aquático.
Devido o seu retorno do ambiente terrestre para o aquático, muitas de suas estruturas tiveram profundas modificações. A estrutura de transpiração das plantas terrestres, perdem a função na maioria das macrófitas, sendo especialmente notória nas macrófitas submersas.
Na epiderme inferior de folhas flutuantes e submersas encontram-se grupos de células pequenas em volta de poros, estes sistemas são chamados hidropoten e tem função de absorver grandes íons químicos.
Devido as dificuldades da difusão e disponibilidade dos gases, oxigênio e gás carbônico na água ser mais lenta em comparação com o ar, ocorreu, uma redução na cutícula, uma redução na espessura da folha a três camadas de células, um aumento no espaço intercelular das folhas, e os gases produzidos na fotossíntese e na respiração são armazenados.
Foram encontradas faixas ótimas de temperatura para espécies de macrófitas aquáticas, em função das variáveis sazonais do ambiente e de sua localização geográfica.
Esses vegetais possuem uma ampla tolerância à temperatura, ocorrendo desde ambientes tropicais até temperados, sendo que temperaturas altas geralmente favorecem o desenvolvimento de diversas espécies.
Além disso, a disponibilidade de luz controla a fotossíntese influenciando na composição das espécies e nas adaptações morfológicas e fisiológicas das plantas expostas a diferentes intensidades luminosas.
Os fatores ambientais que favorecem o crescimento destas plantas são a baixa turbulência, abundância de nutrientes, ausência de espécies predadoras e competidoras, condições climáticas propícias (especialmente em ambientes aquáticos tropicais).
Porém, podem suportar grandes períodos de seca bem como diferentes concentrações salinas.
As folhas novas quando ainda submersas realizam respiração anaeróbica, isto é sem oxigênio, porém quando emergem as lacunas aumentam de tamanho para facilitar as trocas gasosas.
Os sistemas radicular e de rizomas destas plantas estão presentes nos sedimentos permanentemente anaeróbios, sendo o oxigênio necessário ao desenvolvimento obtido através dos órgãos aéreos.
Tem farta classificação de espécies, que aqui não é detalhada por desnecessária.
Tem distribuição cosmopolita devida a homogeneidade térmica da água, que propicia um ambiente mais estável, contudo, sua distribuição pode estar dependente das altas concentrações iônicas e variações de pH.
As macrófitas apresentam grande capacidade de adaptação e grande amplitude ecológica, possibilitando que uma mesma espécie possa colonizar diferentes tipos de ambiente, como água doce, salobra e salgada. Para além deste fato, podem suportar longo período de seca, modificando suas estruturas anatômicas, fisiológicas e fenotípicas.
É narrada grande capacidade de absorção de moléculas presentes em efluentes domésticos ou de criatórios animais, sendo utilizada em grandes ou pequenas estações de tratamento de efluentes e de esgotos em geral.
São plantas herbáceas que flutuam na superfície da água ou a meia água, não estando enraizadas no sedimento. Geralmente seu desenvolvimento máximo ocorre em locais protegidos do vento.
Em formas mais elaboradas, o aspecto morfológico destas plantas é representado pela roseta de folhas, caule condensado e raízes pedunculadas, em uma forma mais reduzida há perda da separação entre caule e folha com eliminação das raízes.
Podem possuir raízes adventícias, ou seja bem desenvolvidas nas plantas em roseta, e raízes laterais com pelos epidérmicos. Não possuem tecidos lignificados, seus tecidos vasculares são pouco diferenciados, e grande parte do espaço ocupado é aerênquima.
A absorção de nutrientes se dá totalmente a partir da água. Geralmente estão restritas aos habitats abrigados e dos cursos de água de corrente fraca.
Se explicita que são muito sensíveis a fenômenos de eutrofização, patrocinando grandes e desordenados crescimentos quando ocorrem grandes ofertas de nutrientes.
Referência:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Macrófita_Aquática
Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.
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Autora: Dr. Roberto Naime
Fonte: Colunista do Portal EcoDebate
Sítio Online da Publicação: EcoDebate
Data de Publicação: 07/11/2017
Publicação Original: https://www.ecodebate.com.br/2017/11/07/macrofitas-aquaticas-parte-12-artigo-de-roberto-naime/
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