sexta-feira, 4 de outubro de 2019
Anorexia na adolescência: o que o enfermeiro precisa saber?
A anorexia é um transtorno alimentar caracterizado pela busca persistente pela magreza, associada ao distúrbio de autoimagem corporal, resultando em ingestão alimentar abaixo das necessidades corporais, baixo peso para a idade ou para a altura.
Sobre a anorexia
Classificação:
Restitiva: quando há limitação da ingestão energética;
Purgativa: quando não há restrição de ingestão energética. Os métodos purgativos incluem exercícios físicos intensos, laxantes, enemas, diuréticos e vômitos autoprovocados.
Sinais e sintomas:
Magreza;
Peso abaixo do normal;
Esmalte dentário danificado;
Fadiga;
Fraqueza;
Dor abdominal;
Saciedade com quantidades alimentares relativamente baixas;
Intolerância ao frio;
Constipação;
Alterações metabólicas;
Alterações hormonais;
Baixa autoestima;
Hipotermia;
Bradicardia.
O que é importante saber na etapa de coleta de dados?
Qual a meta de peso;
Percepção distorcida do corpo;
Supervalorização da magreza
Fatores desencadeantes;
Medo de alimentos calóricos;
Ritual monótono de alimentação;
Depressão ou baixa autoestima;
Maus tratos psicológicos;
Abuso sexual;
Obesidade ou histórico familiar;
Bullying;
Histórico social conturbado;
Obesidade na infância;
Histórico familiar;
Preocupação excessiva com a aparência corporal;
Impacto do transtorno nas atividades cotidianas e na qualidade de vida.
Atenção! Paciente com anorexia tem um alto risco de suicídio! A verbalização da intenção ou tentativas prévias são sinais de alarme e risco iminente de suicídio.
Durante o exame físico, ter especial atenção aos sinais sugestivos de desidratação ou desnutrição, sinais vitais, arritmias cardíacas, avaliação do crescimento, desenvolvimento e maturação das características sexuais secundárias, distúrbios de perfusão.
Qual é a abordagem terapêutica mais comum?
Abordagem terapêutica costuma ser realizada em ambiente extra hospitalar, sendo indicada a internação hospitalar nos casos mais graves onde o risco de morte seja iminente.
Psicoterapia com o paciente e família;
Mapeamento da rede de apoio do paciente nos diferentes cenários que compõem a sua vida cotidiana;
Realimentação: aumento do aporte calórico, sinalizando que o objetivo é a eutrofia e encorajar a busca por hábitos saudáveis;
Correção hidroeletrolítica;
Tratamento de complicações decorrentes do transtorno alimentar.
Autor: Juan Carlos Silva Araujo
Fonte: pebmed
Sítio Online da Publicação: pebmed
Data: 03/10/2019
Publicação Original: https://pebmed.com.br/anorexia-na-adolescencia-o-que-o-enfermeiro-precisa-saber/
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