segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Whitebook: você sabe diagnosticar corretamente a gonorreia?





Essa semana, falamos no Portal PEBMED sobre alternativas de tratamento para gonorreia. Por isso, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, separamos a melhor conduta na abordagem diagnóstica da doença.


Abordagem diagnóstica na gonorreia

No homem, a partir do material purulento, realiza-se a bacterioscopia com coloração de Gram para identificar diplococos Gram-negativos intracelulares em leucócitos polimorfonucleares, e cultura do gonococo em meio seletivo (Thayer-Martin modificado). O diagnóstico laboratorial de infecção por C. trachomatis e N. gonorrhoeae pode também ser feito por um método de biologia molecular (testes de amplificação de ácidos nucleicos – NAAT ou captura híbrida).

Na mulher, a coloração de Gram a partir de material obtido da endocérvice não apresenta boa sensibilidade. Para o diagnóstico da oftalmia neonatal gonocócica, faz-se o esfregaço de exsudato conjuntival e submete a coloração pelo método de Gram, com elevada acurácia. O uso do corante Giemsa permite o reconhecimento de inclusões intracitoplasmáticas de C. trachomatis; porém, essa técnica é de difícil aplicação na atenção básica. Outras opções incluem imunofluorescência direta para C. trachomatis no RN. O exame microscópico direto não é recomendado para o diagnóstico de infecções no reto ou faringe.

Os NAAT apresentam uma sensibilidade maior quando comparados à cultura, principalmente para amostras do reto e faringe. Entretanto, a especificidade pode ser baixa, sendo necessário o uso de um NAAT suplementar confirmatório.

Diagnóstico diferencial

  • Vaginose bacteriana;
  • Vaginite;
  • Gravidez ectópica (incluindo tubária);
  • Abscesso tubo-ovariano;
  • Endometriose;
  • Endometrite;
  • Cervicite mucopurulenta;
  • Epididimite;
  • Orquite;
  • Torção testicular;
  • Infecção urinária;
  • Faringite;
  • Hepatite;
  • Artrite séptica;
  • Conjuntivite não gonocócica;
  • Endocardite não gonocócica;
  • Meningite não gonocócica;
  • Uretrite não gonocócica;
  • Uretrite por herpes-simples;
  • Artrite reativa;
  • Artrite séptica não gonocócica;
  • Febre reumática;
  • Sífilis;
  • Lúpus eritematoso sistêmico;
  • Meningococcemia;
  • Tenossinovite;
  • Abuso sexual;
  • Tricomoníase;
  • Acanthosis nigricans;
  • Doença de Lyme;
  • Artrite psoriática.


Autor: Vanessa Thees
Fonte: Pebmed
Sítio Online da Publicação: Pebmed
Data: 26/10/2019
Publicação Original: https://pebmed.com.br/whitebook-voce-sabe-diagnosticar-corretamente-a-gonorreia/

Um comentário:

  1. Muito interessante. Parabéns pelo artigo!
    https://curso1000.com.br/curso-de-corte-e-costura-aprenda-do-zero-agora-mesmo/

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