Essa semana, falamos no Portal PEBMED sobre alternativas de tratamento para gonorreia. Por isso, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, separamos a melhor conduta na abordagem diagnóstica da doença.
Abordagem diagnóstica na gonorreia
No homem, a partir do material purulento, realiza-se a bacterioscopia com coloração de Gram para identificar diplococos Gram-negativos intracelulares em leucócitos polimorfonucleares, e cultura do gonococo em meio seletivo (Thayer-Martin modificado). O diagnóstico laboratorial de infecção por C. trachomatis e N. gonorrhoeae pode também ser feito por um método de biologia molecular (testes de amplificação de ácidos nucleicos – NAAT ou captura híbrida).
Na mulher, a coloração de Gram a partir de material obtido da endocérvice não apresenta boa sensibilidade. Para o diagnóstico da oftalmia neonatal gonocócica, faz-se o esfregaço de exsudato conjuntival e submete a coloração pelo método de Gram, com elevada acurácia. O uso do corante Giemsa permite o reconhecimento de inclusões intracitoplasmáticas de C. trachomatis; porém, essa técnica é de difícil aplicação na atenção básica. Outras opções incluem imunofluorescência direta para C. trachomatis no RN. O exame microscópico direto não é recomendado para o diagnóstico de infecções no reto ou faringe.
Os NAAT apresentam uma sensibilidade maior quando comparados à cultura, principalmente para amostras do reto e faringe. Entretanto, a especificidade pode ser baixa, sendo necessário o uso de um NAAT suplementar confirmatório.
Diagnóstico diferencial
- Vaginose bacteriana;
- Vaginite;
- Gravidez ectópica (incluindo tubária);
- Abscesso tubo-ovariano;
- Endometriose;
- Endometrite;
- Cervicite mucopurulenta;
- Epididimite;
- Orquite;
- Torção testicular;
- Infecção urinária;
- Faringite;
- Hepatite;
- Artrite séptica;
- Conjuntivite não gonocócica;
- Endocardite não gonocócica;
- Meningite não gonocócica;
- Uretrite não gonocócica;
- Uretrite por herpes-simples;
- Artrite reativa;
- Artrite séptica não gonocócica;
- Febre reumática;
- Sífilis;
- Lúpus eritematoso sistêmico;
- Meningococcemia;
- Tenossinovite;
- Abuso sexual;
- Tricomoníase;
- Acanthosis nigricans;
- Doença de Lyme;
- Artrite psoriática.
Autor: Vanessa Thees
Fonte: Pebmed
Sítio Online da Publicação: Pebmed
Data: 26/10/2019
Publicação Original: https://pebmed.com.br/whitebook-voce-sabe-diagnosticar-corretamente-a-gonorreia/
Muito interessante. Parabéns pelo artigo!
ResponderExcluirhttps://curso1000.com.br/curso-de-corte-e-costura-aprenda-do-zero-agora-mesmo/