Opacidades corneais são geralmente bilaterais, não inflamatórias, simétricas e avasculares. O início é precoce, usualmente na infância e sua evolução lenta, sem associação com outras doenças oculares ou sistêmicas. Podem ser classificadas de acordo com a genética, gravidade, alteração histopatológica, característica bioquímica ou alteração anatômica.
Distrofias Corneanas
1) Distrofias Epiteliais
- Distrofia da Membrana Basal do Epitélio
- Distrofia Epitelial de Meesmann
2) Distrofias da Camada de Bowman
- Distrofia de Reis-Bucklers
3) Distrofias Estromais
- Distrofia Granular (tipos I e II)
- Distrofia Macular
- Distrofia Lattice (tipos I,II e III)
- Distrofia de Avelino
- Distrofia Gelatinosa em Gota (Amiloidose Familiar Primária)
- Distrofia Cristaliniana Central de Schnyder
- Distrofia Cristaliniana de Bietti
- Distrofia Nebulosa Central ou de François
- Distrofia Salpicada (Distrofia de Fleck)
- Distrofia Estromal Hereditária Congênita
4) Distrofias Endoteliais
- Distrofia Endotelial de Fuchs
- Distrofia Polimorfa Posterior
- Distrofia Endotelial Hereditária Congênita (CHED)
E no caso da imagem em questão?
Distrofia de Reis-Bucklers
– Descrita por Reis em 1917, de herança autossômica dominante, caracteriza-se pela presença de opacidades reticulares, com projeções espiculadas em direção ao epitélio corneal da porção axial da córnea;
– A causa é desconhecida. Tem herança autossômica dominante e foi vinculada a um defeito específico no gene ceratoepitelina localizado no cromossomo 5q;
– Não se conhece nenhuma associação sistêmica. O diagnóstico é feito com base no aspecto clínico, embora seja difícil diferenciá-la da distrofia em favo de Mel (Thiel e Behnke);
– Caracteriza-se por erosões no epitélio da córnea, recorrentes e dolorosas, que com frequência começam no primeiro ou segundo ano de vida. No início, observam-se alterações mínimas na córnea, mas em seguida surgem opacidades em anel e opacidades semelhantes a mapas geográficos ao nível de membrana de Bowman. Essas opacidades tornam-se mais densas e irregulares com o passar do tempo. Por volta da terceira década de vida, as erosões dolorosas diminuem a medida que a sensibilidade da córnea se reduz, mas a fibrose crescente provoca problemas visuais;
– O exame histopatológico mostra material eosinofílico e fibrótico, embaixo do epitélio da córnea e no estroma anterior, e destruição da membrana de Bowman;
– O tratamento é sintomático e voltado para erosões recorrentes. A ceratectomia superficial, seja por desnudamento mecânico, seja por ablação por excimer laser, é o tratamento apropriado para o distúrbio visual. A recidiva pode ser relativamente rápida, e a ceratoplastia pode tornar-se necessária após vários tratamentos.Opacidades corneais são geralmente bilaterais, não inflamatórias, simétricas e avasculares. O início é precoce, usualmente na infância e sua evolução lenta, sem associação com outras doenças oculares ou sistêmicas. Podem ser classificadas de acordo com a genética, gravidade, alteração histopatológica, característica bioquímica ou alteração anatômica.
Autor: Pebmed
Fonte: Pebmed
Sítio Online da Publicação: Pebmed
Data: 17/10/2019
Publicação Original: https://pebmed.com.br/opacidades-corneais-qual-o-diagnostico/
Fonte: Pebmed
Sítio Online da Publicação: Pebmed
Data: 17/10/2019
Publicação Original: https://pebmed.com.br/opacidades-corneais-qual-o-diagnostico/
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