E, conforme Santos (2016), atualmente, há uma demanda principalmente internacional, alavancada por pesquisadores norte-americanos, de qualificação e uniformidade do trabalho em saúde que busca uma relevância ética e moral à prática do ensino em saúde. Nas últimas décadas, de acordo com Cunha et al. (2016), inúmeras reflexões seguiram os processos de mudança e conscientização sobre novos modelos de ensino, baseados principalmente na problematização de experiências e possibilidades de desenvolvimento e aperfeiçoamento das habilidades e competências necessárias aos futuros profissionais. Para tanto, uma das dificuldades encontradas no contexto de ensino em saúde é a necessidade de avaliar o aluno, já que as metodologias problematizadoras não são frequentemente utilizadas (RIBEIRO et al., 2016).
Tal afirmativa, de acordo com Costa e Cotta (2016) sustenta-se na individualidade de cada ser humano, que por sua vez, instiga a diferentes pensamentos, compreensões e atitudes perante determinada situação que afloram incessantemente em discussões baseadas nas dinâmicas de problematização sobre saúde. Por si só, a área das ciências da saúde diferencia-se das demais por representar modelos de intervenções e resoluções de problemas baseados nas compreensões do próprio indivíduo, ao passo que sua bagagem de conhecimento empírico e científico influencia diretamente na tomada de decisão (ZIMMERMANN et al., 2016).
Partindo desse pressuposto, os processos avaliativos possuem uma tendência a serem inovadores, conforme Polizeli e colaboradores (2017), não refletem teorias vigentes, pois as mesmas não conseguem incorporar um modelo de avaliação justo e integral ao estudante. Em consonância, Rocha, Warling e Toassi (2016) destacam que a partir disso, compunha-se, um cenário de intervenção criativa, abordando a necessidade de incorporação de modelos técnicos científicos e rupturas às tradicionais avaliações em saúde.
Esse texto assume caráter reflexivo, tendo como objetivo analisar a metodologia de problematização como processo avaliativo de estudantes na área da saúde. Tal reflexão justifica-se por meio da necessidade de qualificação da formação do profissional da saúde, levando em consideração as suas próprias compreensões e bagagem de conhecimento adquiridos durante a trajetória pessoal e profissional problematizadas em sala de aula.
Estruturando assim uma avaliação em que o estudante participe ativamente do processo e o professor compreenda suas individualidades e potencialidades para a aprendizagem do conteúdo.
Autor: Luís Felipe Pissaia, Marli Teresinha Quartieri, Nélia Maria Pontes Amado, Susana Paula Graça Carreira, Márcia Jussara Hepp Rehfeldt, Márcia Jussara Hepp Rehfeldt
Fonte: Revista Sustinere
Sítio Online da Publicação: Revista Sustinere
Data de Publicação: 07/12/2017
Publicação Original: http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/sustinere/article/view/30285/23176
Nenhum comentário:
Postar um comentário